domingo, abril 23, 2006

“Amanhã pode ser muito tarde para dizeres que amas, que queres tentar de novo...”

É impressionante como duas pessoas podem estar fisicamente tão juntas como lado a lado num carro e estarem a quilómetros de distância uma da outra. Como se podem olhar e não se verem, como podem apertar as mãos sem se tocarem.
É impressionante como duas pessoas podem falar e não dizerem nada uma à outra. Como podem dizer o nome uma da outra sem estarem a falar delas, como podem dar indicações a quem conduz mas na verdade quererem dizer direcções complemente diferentes.
É impressionante como duas pessoas podem estar num silêncio tão grande e terem tanto para dizer uma à outra…

sábado, abril 22, 2006

Subir o nível

Como seria aborrecido o mundo se tudo corresse como queremos. Quão desprovido de emoções seria um lugar onde todos se compreendem perfeitamente, onde tudo é claro, onde existe comunicação perfeita. Seria com certeza um mundo melhor em muitos aspectos, mas a mim, quem me tira as pequenas altercações que vão surgindo com diferentes pessoas, que nos irritam, amofinam, tira-me tudo.
Parte da piada da vida está no eterno dilema entre o que nos parece, e o que é realmente. Quando ambos os membros se intersectam, as pessoas aproximam-se, criam laços, trocam um pouco da sua energia com os outros, e assim crescemos, melhoramos, desenvolvemo-nos.
Ténue é a linha que separa o ódio do amor, pois quando gostamos tanto de alguém, qualquer coisa que nos façam é amplificada desmesuradamente, galvaniza inúmeras reacções inesperadas, dá azo a extrapolações estranhas e sombrias. Reza o provérbio chinês: "Quem tem alfinetes, pica-se!", e de facto picamo-nos. Uns mais, outros menos, todos com diferentes maneiras de o demonstrar (ou não) de acordo com a sua personalidade, valores e inteligência, quer intelectual (perdoem-me o pleonasmo), quer emocional.
Aqueles que nos são mais próximos exercem normalmente sobre nós uma maior influência. A ambiguidade entra aqui em cena, pois se é certo que os que nos são mais próximos nos conhecem melhor, pelo que estão teoricamente dotados de suficiente idoneidade para nos compreenderem, quando não o fazem, magoam-nos muito mais do que qualquer outro.
Pessoalmente, dou muita importãncia às coisas pequenas: ao brilhozinho nos olhos, aos vincos no nariz aquando do riso; à mechinha de cabelo que descai sobre o rosto, à perspicácia em relação ao qua vai no âmago dos outros; às covinhas nas costas; ao pedir do livro de reclamações quando não há gelo; ao aproveitamento espontâneo de toda e qualquer possibilidade de formular piadas; ao queimar da faculdade; à (des)inspiração, àquela cara; ao coçar do narizinho quando se está concentrado; à capacidade de insurgimento perante a ideia pessoal de injustiça, mesmo quando estamos contra todos; ao constante remexer da tampinha do retroprojector; aos exmplos descabidos da vida quotidiana...
Essas coisas tão pequenas cativam-me, nem que não seja porque normalmente os seus "donos" não as reconhecem. Sempre dei muito valor ao que é natural e genuíno, e quando revelamos estes pequenos tiques, estamos a ser o mais verdadeiros possíveis. Tão verdadeiros, que nem nos apercebemos do que está a acontecer e precisamos que outros nos apontem essas características.
Prolifera por aí a "crise dos 20". "Já vivi 20 anos! 1/4 da minha vida...". E então? Acham que não fizeram grande coisa nesses anos? Acham que foram desaproveitados? Não têm grandes recordações? Não fomentaram a paz e igualdade entre nações de diferentes culturas e ideologias? Não curaram o cancro? Não acabarm com a fome? Será que não tocaram a vida de imensas pessoas só porque são como são? Será que não vão lembrar com saudosismo esses 20 anos durante os restantes 3/4 da vossa vida? Será que não criaram as bases onde alicerçar todo o vosso comportamento para o resto da vida? Foi assim tão pouco???
Quando os que assumivelmente nos são mais próximos, mostram saber tão pouco a nosso respeito, talvez aí a crise se justifique. As pessoas são como são: com qualidades e defeitos. Urge que cada um de nós pese os prós e contras, qualidades e defeitos dos outros e decida se vale a pena, ou não. Quando os outros nos "pesam" a nós, sentimo-nos abalados, sacudidos, não perturbados, mas com perturbações.
Quando um tem os seus critérios, a sua medida para os outros. Há quem valorize as coisas que fazem por nós, há quem valorize coisas mais pequenas. Todos gostamos de nos sentir apreciados, todos gostamos de sentir justiça e equidade. Infelizmente, cada um tem os seus critérios, e mais importante do que a justiça per si, é a percepção da justiça que importa. Desde que nos sintamos "justiçados" está tudo bem. Mas será isso justo para os outros?
Quando presumimos, pressionamos, lançamos ameaças e ultimatos, assumimos uma posição perante outros. Uma posição forte, corajosa, admirável pelo seu cariz de cisão. No entanto, há quem não goste de se sentir pressionado, ameaçado, "ultimatado", apesar de gostar de caldo verde.
As pessoas são como são: com qualidades e defeitos. Urge que cada um de nós pese os prós e contras, qualidades e defeitos dos outros e decida se vale a pena, ou não. Quando os outros nos "pesam" a nós, sentimo-nos abalados, sacudidos, não perturbados, mas com perturbações.

quinta-feira, abril 20, 2006

A lot of things I hate about you

“I hate the way you talk to me. And the way you cut your hair. I hate the way you drive my car. I hate it when you stare. I hate your big dumb combat boots. And the way you read my mind. I hate you so much it makes me sick - it even makes me rhyme. I hate the way you're always right. I hate it when you lie. I hate it when you make me laugh - even worse when you make me cry. I hate it that you're not around. And the fact that you didn’t call. But mostly I hate the way I don't hate you - not even close, not even a little bit, not even at all.”Ten Things I Hate About You

Não te odeio nem pouco mais ou menos. Mas há tanta coisa em ti que me faz confusão! Não percebo a tua indiferença, muito menos a forma como tudo te passa ao lado e nem te ralas com isso. Odeio o não saberes dizer “desculpa”, nem o facto de não conseguires olhar ninguém nos olhos. Faz-me confusão o orgulho com que dizes que nunca ligas a ninguém, esperando sempre que sejam os outros a ligar-te. Odeio a tua não preocupação, odeio a tua falta de vontade para fazeres algo, mesmo que seja por ti. Passo-me com a tua despreocupação, a forma como deixas as coisas andar. Odeio o teu “esqueci-me, o que é que tu queres?!”, quando outros se lembram sempre de ti. Faz-me confusão que às vezes escrevas tão bem mas não consigas dizer a frase certa no momento certo. Odeio que pregues tantas vezes em alto e bom som que numa relação há dois sentidos, que é preciso dar para receber, e raramente te lembres disso. Não percebo que ligues tanto ao que alguns dizem, quando aos que te estão mais próximos tu nunca te refiras. Não entendo porque é que têm sempre de ser os outros a ir ter contigo. Não percebo a falta de consideração que tens por quem move mundos e fundos para que fiques melhor.
Terás certamente muitas coisas a apontar-me e eu nunca disse que era perfeito, mas já estava na altura de começarmos a pensar em tomar uma atitude, porque há quem não goste de ficar eternamente à espera, e depois não há caldo verde que te valha!

domingo, abril 16, 2006

Um aplauso...

“Um aplauso para aquele que deixou tudo para abrir um bar na praia”

Um aplauso para aqueles que, contra tudo e contra todos, seguiram em frente ser olhar para trás.
Um aplauso para quem continua a ser pontual.
Um aplauso para quem não teve medo de perguntar o que era óbvio à frente de uma multidão.
Um aplauso para quem consegue continuar a sorrir no fim de um dia de arrasar.
Um aplauso para quem se calou naquele momento em que sabia tão bem dizer “aquilo”.
Um aplauso para quem não desiste, seja por teimosia ou não.
Um aplauso para quem admite o que pensa e não se rala nada por essa não ser a opinião do grupo.
Um aplauso para quem prefere arriscar um pouco mais.
Um aplauso para quem todos os dias faz por mandar a rotina às urtigas.
Um aplauso a todos os que nos surpreendem.
Um aplauso para quem prescinde do seu conforto para que os outros fiquem melhor.
Um aplauso para quem dá sangue.
Um aplauso para quem ainda manda cartas de amor.
Um aplauso para quem, não sendo louco, se ri do nada no meio do autocarro.
Um aplauso para quem espera duas horas por alguém, e depois apenas lhe diz que não teve importância.
Um aplauso para quem gosta de dar sem nunca pensar em receber.
Um aplauso para quem, não sabendo a letra, canta na mesma.
Um aplauso para quem, vendo chover, sai para a rua em vez de ficar na cama.
Um aplauso para quem, não sabendo que era impossível, foi lá e fez.

Memórias do Passado, Esperança no Futuro.

Lisboa, cidade, tens por voz fado, estendes-te por becos e ruelas e que continuas a crescer na tua já grandiosidade com edifícios e avenidas cobertos de esplendor. Lisboa que não conhecemos e da qual nunca chegaremos a sentir o verdadeiro sabor. És uma cidade que gostava de conhecer melhor, que gostava de poder explorar e explicar melhor. Soube-me a pouco a vida que tive em 6 anos na Lisboa que mais gosto. Sé, Graça, Alfama, Castelo souberam acompanhar-me durante a minha infância e dar a conhecer o que hoje vejo com menos regularidade. É a Lisboa antiga que realmente me atrai, a que me faz sentir saudade de tempos em que vivi dentro de paredes de 3 metros de altura e de onde se podia desfrutar de uma magnífica vista sobre o Tejo, lembro-me de pintar em aguarela esta imagem. Quero voltar a fazer o percurso que fiz nos meus 10 anos, ir de casa para a escola e voltar, reencontrar caminhos que desfiz há muito e no futuro poder voltar a reata-los. Pretendo voltar para esta Lisboa e eliminar a nostalgia que sinto destes tempos, ou será que não conseguirei? Quero acreditar que sim.

quarta-feira, abril 12, 2006

(des)inspiração

Hoje deixo a janela aberta. É noite, sei porque as cortinas, fechadas, estão menos claras, porque tudo lá fora é menos movimentado. Como tal, sinto que devo dar mais ritmo a esta calma, para que todo o aparente se desvaneça, quero subir o volume da aparelhagem e agitar o mundo. Quero tudo isto, mas também sei que alguém virá daqui a pouco para me cortar esta rebelião.

Com “City of angels” acabei a tarde, comecei a noite e na companhia de amigos recordo momentos da minha vida que dava como apagados da memória. Com “Íris” recordo cenários de paixão, de passos de aproximação, de letras decoradas e que se mantêm vivas na mente. Troco o CD, agora quero Fado, Mariza, Fado em mim.
Depois de cear nasce uma vontade de escrever. Um pouco como Caeiro, também faço o que faço pelo prazer momentâneo que uma dada acção me proporciona. Em contradição, estou (des)inspirado, quero demonstrar o quão me difícil é declamar sobre o que sinto e sobre o que me invade a alma. À medida que me expresso e tento digitalizar pensamentos demonstro o quão confusa é a minha mente. Não quero saber se me percebem, quero apenas saber se aquilo que escrevo faz sentido para mim.
Já de manhã tive a minha crise dos 20 anos. A verdade é que por vezes paro no meu dia e dou por mim a pensar que já vivi um quarto da minha vida, lembrando com saudade tudo o que fiz, aquilo que não fiz e as infantilidades que me acompanham e que ainda quero fazer.
Ontem aprendi que sem sempre as mensagens subliminares que por vezes tento emitir são entendidas. Sei que nem sempre consigo ser ouvido, todos nós sentimos isso. Tal como sou único, devo também respeitar os outros pela forma como se comportam e são. Não sou responsável ou maduro o suficiente para lhes dizer que certas formas de agir não se adequam a um determinado momento, porquê? Porque cada um é como é. Se querem ser assim, quem sou eu para me impor e criar regras de comportamento, também eu terei comportamentos que outros acharão incorrectos ou menos certos. Se me quero respeitar a mim, respeito os outros. Se não me são recíprocos, então crio barreiras, não me ganham confiança, nem me abro para ninguém.

Neste texto percebo o que mais me atinge e aflige, a minha pouca capacidade de expressão. Quero dizer coisas bonitas, quero saber escrever coisas que me inspirem a mim e a outros, mas não consigo. Todos os pulos temporais, frases sem qualquer nexo, crises existenciais que aparecem do nada, momentos de completa escuridão que assombram o pensamento cada vez que Mariza canta nos agudos, factores externos que influenciam a forma como escrevo, tudo muito confuso, tudo para me perder num texto em que o único objectivo é preencher um espaço em branco, porque parece mal parar por aqui, porque quero saber desenvolver temas, porque quero saber como exteriorizar o que de alguma forma não deveria ser deixado somente para nós próprios, estou e permaneço (des)inspirado, porque nada do que vos conto me parece fazer qualquer sentido para qualquer um de vós. Ao contrário de Mariza, continuo sem perceber nada, não posso dizer “Oh gente da minha terra, agora é que eu percebi, esta tristeza que trago, foi de vós que a recebi”, porque para nada do que digo penso ter coragem de dizer que me compreendo. Não estou à procura de respostas, porque não sei quais são as perguntas.

É Lisboa! Pois é! E depois? Gosto dela assim, gosto mas não quero e simultaneamente, quero percebê-la. E a janela continua aberta.

Traduzo ou lanço um desafio?
Interpreto o primeiro parágrafo. Tenho a janela aberta, algo que não costumo fazer, tal como hoje decidi partilhar convosco parte daquilo que sou. Contudo fecho as cortinas com receio de ser mal recebido e percebido, gosto de me acautelar para aqueles que tomam a abertura pessoal de alguém como objecto de brincadeira e demasiado regozijo. Vamos então agitar algumas cadeiras e contradizer-me com as próprias palavras, vamos agitar o mundo. Sei que me vou questionar, que me vão interrogar, por isso estou à espera de alguém que me mande acalmar.

terça-feira, abril 11, 2006

Lisboa, barras e expulsões

“Bom dia! Somos estudantes da Faculdade de Economia da Universidade Nova de Lisboa, poderia dar-nos alguns minutos do seu tempo para responder a um inquérito por favor? Estamos a colectar dados para o nosso projecto de marketing e gostaríamos de saber, em primeiro lugar, a sua idade. - Quantos? - Ah! Então isso é com o meu colega! (...) Muito Obrigado, bom dia.”

Ou então

“Bom dia! – Não tenho tempo”

ou

“Bom – Não pode ser, estou atrasado(a)”

ou

“Bom dia! Somos est – Ai, não pode ser mesmo porque ainda tenho de ir buscar a minha prima que está atrasada para o lanche da filha do primo do cunhado…”

e ainda

“Bom dia! – Agora não pode ser, tá? (um grande loira que nos barrou com uma grande pinta…o Tiago que conte)

e o momento alto foi

“Bom dia! Hmrrssgg (foi o que disse um membro do grupo quando um possível entrevistado lhe colocou a mão na cara impossibilitando, deste modo, a continuação do inquérito)

Isto é que é vontade de trabalhar! Já só faltam 110! Amanhã há mais, VIVA! Lá vamos nós para o Parque das Nações, na esperança de não sermos expulsos também desse lugar. Hoje conseguimos ser expulsos de dois espaços comerciais, incrível! Primeiro, colegas do nosso grupo foram abordados e acompanhados para a saída por um segurança das instalações do centro comercial mais próximo da nossa faculdade (cujo nome não vou referir) – Não podíamos realizar inquéritos dentro do espaço! Segundo, já depois do almoço fomos para outro lugar e foi-nos dito por um segurança que teríamos de pedir autorização à Administração do espaço para podermos realizar inquéritos naquele local. Na nossa ignorância dirigimo-nos à Administração e foi-nos realmente comunicado que não poderíamos realizar qualquer inquérito no espaço em causa, pelo que teríamos de ficar pelo passeio que rodeava a área. Depois de duas voltas completas ao maior centro comercial de Lisboa e de uma imensidão de “negas” (que nos tornou cada vez mais fortes e convictos da ideia que vida de estudante é realmente muito má!), achámos melhor fazer uma pausa e reunir forças para o dia seguinte.

Mais peripécias se seguirão certamente. Força colegas!

terça-feira, abril 04, 2006

E até que chegou o dia...

.. em que ganhamos coragem, determinação e nos chegamos ao pé de um grupo de raparigas e dissemos.. (ou disse o Tiago..)

"Afinal.. quem é a mais linda a mais fofa e por ai fora?" (não foram bem estas palavras..)

Elas embatucaram, tentaram disfarçar, ficaram vermelhas e revelaram-se!

Lolada!

Até gostei de vos conhecer embora estivesse sem falas!

E foi assim que chegou ao fim a grande demanda da busca das Mais...

(ah é verdade! não podemos dizer quem são! mas eu não resistia a dizer que já sei quem são!)

sábado, abril 01, 2006

A Colisão

Qual Marketers de emoções, todos nós nos posicionamos estrategicamente no mercado, segmentando-o, escolhendo para nós as partes que mais nos interessam. Porque será que gostamos de uns e de outros não, que só por vermos alguém de que gostamos nos ficamos a sentir melhor, ou vice-versa? Se tivesse nascido no outro canto do mundo, não seria eu diferente? Claro que sim, mas gosto de pensar que não seria tanto assim. Gosto de pensar que continuava a ser completamente tarado, bronco, abécula, peste, parvo, extrovertido, nerd, tonhónhó (a única palavra portuguesa com dupla acentuação gráfica), etc. Simplesmente seria monhé, usaria um turbante e rezaria virado para Meca. Não faria parte de um blog, talvez nem soubesse o que é a internet, não andaria na faculdade, nem sonharia um dia ir a Erasmus. Mas não continuaria a ser eu?
Existimos nós, o indivíduo, e existem todos os outros. Quando nascemos, há coisas que vêm encriptadas no nosso código genético, e das quais nunca nos conseguimos livrar, mas todas as influências exteriores de que somos alvos determinam a nossa maneira de ser. Então porque é que não podemos mudar a personalidade de alguém, apenas a maneira como essa personalidade se manifesta mediante diferentes situações? Não foi ela moldada, educada, tratada pelos nossos pais, amigos, conhecidos, etc.? Qual é a altura exacta no tempo em que o sr. que trata do departamento de modelação de personalidade se reforma porque a sua missão está cumprida?
As nossas acções tem consequências nos outros e no mundo que nos rodeia em geral, às vezes exactamente as que queremos, outras vezes reacções inesperadas, mas todos nos dizem "Gosto de ti porque és assim e assado." ou "Tu às vezes és muito coiso e tal." Esta caracterização é às vezes tão perfeita que nos assusta, e precisamos de ouvir da boca dos outros o que somos e representamos, para que percebamos o que esteve sempre connosco.
No eterno face-off entre o que vem de dentro, e o que vem de fora, talvez seja a Colisão (o momento em que ambos se encontram) aquilo que dá sentido ao facto de andarmos por cá.