domingo, abril 23, 2006
É impressionante como duas pessoas podem estar fisicamente tão juntas como lado a lado num carro e estarem a quilómetros de distância uma da outra. Como se podem olhar e não se verem, como podem apertar as mãos sem se tocarem.
É impressionante como duas pessoas podem falar e não dizerem nada uma à outra. Como podem dizer o nome uma da outra sem estarem a falar delas, como podem dar indicações a quem conduz mas na verdade quererem dizer direcções complemente diferentes.
É impressionante como duas pessoas podem estar num silêncio tão grande e terem tanto para dizer uma à outra…
sábado, abril 22, 2006
Subir o nível
quinta-feira, abril 20, 2006
A lot of things I hate about you
Não te odeio nem pouco mais ou menos. Mas há tanta coisa em ti que me faz confusão! Não percebo a tua indiferença, muito menos a forma como tudo te passa ao lado e nem te ralas com isso. Odeio o não saberes dizer “desculpa”, nem o facto de não conseguires olhar ninguém nos olhos. Faz-me confusão o orgulho com que dizes que nunca ligas a ninguém, esperando sempre que sejam os outros a ligar-te. Odeio a tua não preocupação, odeio a tua falta de vontade para fazeres algo, mesmo que seja por ti. Passo-me com a tua despreocupação, a forma como deixas as coisas andar. Odeio o teu “esqueci-me, o que é que tu queres?!”, quando outros se lembram sempre de ti. Faz-me confusão que às vezes escrevas tão bem mas não consigas dizer a frase certa no momento certo. Odeio que pregues tantas vezes em alto e bom som que numa relação há dois sentidos, que é preciso dar para receber, e raramente te lembres disso. Não percebo que ligues tanto ao que alguns dizem, quando aos que te estão mais próximos tu nunca te refiras. Não entendo porque é que têm sempre de ser os outros a ir ter contigo. Não percebo a falta de consideração que tens por quem move mundos e fundos para que fiques melhor.
Terás certamente muitas coisas a apontar-me e eu nunca disse que era perfeito, mas já estava na altura de começarmos a pensar em tomar uma atitude, porque há quem não goste de ficar eternamente à espera, e depois não há caldo verde que te valha!
domingo, abril 16, 2006
Um aplauso...
Um aplauso para aqueles que, contra tudo e contra todos, seguiram em frente ser olhar para trás.
Um aplauso para quem continua a ser pontual.
Um aplauso para quem não teve medo de perguntar o que era óbvio à frente de uma multidão.
Um aplauso para quem consegue continuar a sorrir no fim de um dia de arrasar.
Um aplauso para quem se calou naquele momento em que sabia tão bem dizer “aquilo”.
Um aplauso para quem não desiste, seja por teimosia ou não.
Um aplauso para quem admite o que pensa e não se rala nada por essa não ser a opinião do grupo.
Um aplauso para quem prefere arriscar um pouco mais.
Um aplauso para quem todos os dias faz por mandar a rotina às urtigas.
Um aplauso a todos os que nos surpreendem.
Um aplauso para quem prescinde do seu conforto para que os outros fiquem melhor.
Um aplauso para quem dá sangue.
Um aplauso para quem ainda manda cartas de amor.
Um aplauso para quem, não sendo louco, se ri do nada no meio do autocarro.
Um aplauso para quem espera duas horas por alguém, e depois apenas lhe diz que não teve importância.
Um aplauso para quem gosta de dar sem nunca pensar em receber.
Um aplauso para quem, não sabendo a letra, canta na mesma.
Um aplauso para quem, vendo chover, sai para a rua em vez de ficar na cama.
Um aplauso para quem, não sabendo que era impossível, foi lá e fez.
Memórias do Passado, Esperança no Futuro.
quarta-feira, abril 12, 2006
(des)inspiração
Hoje deixo a janela aberta. É noite, sei porque as cortinas, fechadas, estão menos claras, porque tudo lá fora é menos movimentado. Como tal, sinto que devo dar mais ritmo a esta calma, para que todo o aparente se desvaneça, quero subir o volume da aparelhagem e agitar o mundo. Quero tudo isto, mas também sei que alguém virá daqui a pouco para me cortar esta rebelião.
Com “City of angels” acabei a tarde, comecei a noite e na companhia de amigos recordo momentos da minha vida que dava como apagados da memória. Com “Íris” recordo cenários de paixão, de passos de aproximação, de letras decoradas e que se mantêm vivas na mente. Troco o CD, agora quero Fado, Mariza, Fado em mim.
Depois de cear nasce uma vontade de escrever. Um pouco como Caeiro, também faço o que faço pelo prazer momentâneo que uma dada acção me proporciona. Em contradição, estou (des)inspirado, quero demonstrar o quão me difícil é declamar sobre o que sinto e sobre o que me invade a alma. À medida que me expresso e tento digitalizar pensamentos demonstro o quão confusa é a minha mente. Não quero saber se me percebem, quero apenas saber se aquilo que escrevo faz sentido para mim.
Já de manhã tive a minha crise dos 20 anos. A verdade é que por vezes paro no meu dia e dou por mim a pensar que já vivi um quarto da minha vida, lembrando com saudade tudo o que fiz, aquilo que não fiz e as infantilidades que me acompanham e que ainda quero fazer.
Ontem aprendi que sem sempre as mensagens subliminares que por vezes tento emitir são entendidas. Sei que nem sempre consigo ser ouvido, todos nós sentimos isso. Tal como sou único, devo também respeitar os outros pela forma como se comportam e são. Não sou responsável ou maduro o suficiente para lhes dizer que certas formas de agir não se adequam a um determinado momento, porquê? Porque cada um é como é. Se querem ser assim, quem sou eu para me impor e criar regras de comportamento, também eu terei comportamentos que outros acharão incorrectos ou menos certos. Se me quero respeitar a mim, respeito os outros. Se não me são recíprocos, então crio barreiras, não me ganham confiança, nem me abro para ninguém.
Neste texto percebo o que mais me atinge e aflige, a minha pouca capacidade de expressão. Quero dizer coisas bonitas, quero saber escrever coisas que me inspirem a mim e a outros, mas não consigo. Todos os pulos temporais, frases sem qualquer nexo, crises existenciais que aparecem do nada, momentos de completa escuridão que assombram o pensamento cada vez que Mariza canta nos agudos, factores externos que influenciam a forma como escrevo, tudo muito confuso, tudo para me perder num texto em que o único objectivo é preencher um espaço em branco, porque parece mal parar por aqui, porque quero saber desenvolver temas, porque quero saber como exteriorizar o que de alguma forma não deveria ser deixado somente para nós próprios, estou e permaneço (des)inspirado, porque nada do que vos conto me parece fazer qualquer sentido para qualquer um de vós. Ao contrário de Mariza, continuo sem perceber nada, não posso dizer “Oh gente da minha terra, agora é que eu percebi, esta tristeza que trago, foi de vós que a recebi”, porque para nada do que digo penso ter coragem de dizer que me compreendo. Não estou à procura de respostas, porque não sei quais são as perguntas.
É Lisboa! Pois é! E depois? Gosto dela assim, gosto mas não quero e simultaneamente, quero percebê-la. E a janela continua aberta.
Traduzo ou lanço um desafio?
Interpreto o primeiro parágrafo. Tenho a janela aberta, algo que não costumo fazer, tal como hoje decidi partilhar convosco parte daquilo que sou. Contudo fecho as cortinas com receio de ser mal recebido e percebido, gosto de me acautelar para aqueles que tomam a abertura pessoal de alguém como objecto de brincadeira e demasiado regozijo. Vamos então agitar algumas cadeiras e contradizer-me com as próprias palavras, vamos agitar o mundo. Sei que me vou questionar, que me vão interrogar, por isso estou à espera de alguém que me mande acalmar.
terça-feira, abril 11, 2006
Lisboa, barras e expulsões
Ou então
“Bom dia! – Não tenho tempo”
ou
“Bom – Não pode ser, estou atrasado(a)”
ou
“Bom dia! Somos est – Ai, não pode ser mesmo porque ainda tenho de ir buscar a minha prima que está atrasada para o lanche da filha do primo do cunhado…”
e ainda
“Bom dia! – Agora não pode ser, tá? (um grande loira que nos barrou com uma grande pinta…o Tiago que conte)
e o momento alto foi
“Bom dia! Hmrrssgg (foi o que disse um membro do grupo quando um possível entrevistado lhe colocou a mão na cara impossibilitando, deste modo, a continuação do inquérito)
Isto é que é vontade de trabalhar! Já só faltam 110! Amanhã há mais, VIVA! Lá vamos nós para o Parque das Nações, na esperança de não sermos expulsos também desse lugar. Hoje conseguimos ser expulsos de dois espaços comerciais, incrível! Primeiro, colegas do nosso grupo foram abordados e acompanhados para a saída por um segurança das instalações do centro comercial mais próximo da nossa faculdade (cujo nome não vou referir) – Não podíamos realizar inquéritos dentro do espaço! Segundo, já depois do almoço fomos para outro lugar e foi-nos dito por um segurança que teríamos de pedir autorização à Administração do espaço para podermos realizar inquéritos naquele local. Na nossa ignorância dirigimo-nos à Administração e foi-nos realmente comunicado que não poderíamos realizar qualquer inquérito no espaço em causa, pelo que teríamos de ficar pelo passeio que rodeava a área. Depois de duas voltas completas ao maior centro comercial de Lisboa e de uma imensidão de “negas” (que nos tornou cada vez mais fortes e convictos da ideia que vida de estudante é realmente muito má!), achámos melhor fazer uma pausa e reunir forças para o dia seguinte.
Mais peripécias se seguirão certamente. Força colegas!
terça-feira, abril 04, 2006
E até que chegou o dia...
"Afinal.. quem é a mais linda a mais fofa e por ai fora?" (não foram bem estas palavras..)
Elas embatucaram, tentaram disfarçar, ficaram vermelhas e revelaram-se!
Lolada!
Até gostei de vos conhecer embora estivesse sem falas!
E foi assim que chegou ao fim a grande demanda da busca das Mais...
(ah é verdade! não podemos dizer quem são! mas eu não resistia a dizer que já sei quem são!)