quinta-feira, dezembro 07, 2006

Escolher

“Pessimista é aquele que, podendo escolher entre dois males, prefere ambos” – Oscar Wilde

Todos nós já ouvimos que a vida é feita de escolhas. E é verdade, a escolha está nas coisas mais elementares que por vezes nem nos apercebemos que estamos a escolher: a roupa de manhã, o que comer ao pequeno-almoço (mesmo que seja sempre a mesma coisa, não deixa de ser escolher comer sempre o mesmo!), ir à gala ou não, etc. E depois há aquelas escolhas que, embora sejam escolhas, na verdade são obrigações: escolher entre fazer ou não o exame que decide se repetimos a cadeira ou passamos, escolher entre fazer ou não os trabalhos de grupo obrigatórios, no fundo são escolhas, mas há alguém que escolha não os fazer? (aposto que milhões de casos e ideias a refutar isto vos estão a passar pela cabeça… vá lá, deixem-se de coisas!)
Afinal, não é preciso esforçarmo-nos muito para perceber que tudo é escolher. Agora, cada escolha tem um custo inerente, e há custos maiores que outros: escolher se vou de calças de ganga ou de calções não terá o mesmo custo que se escolher fazer companhia a um amigo, deixando outro sozinho. Tirando os casos em que somos obrigados a escolher, e aí já nem se trata bem de uma escolha (é o tal exemplo de ir ao exame ou não!), a verdade é que temos de estar preparados para acartar com os custos do que escolhemos. Não podemos criticar alguém que ficou prejudicado com a nossa escolha, afinal prejudicámos alguém!
E atrás de cada escolha há milhares de hipóteses que passam ou não a estar disponíveis. Por isso, ao escolher sair esta noite, mesmo não me apetecendo nada, estou a escolher ir encharcar-me para poder ir ao jantar de anos da Soráia, e depois possivelmente ir à gala, que vai estar cheia. Mas quando escolhemos por um caminho, sabemos que dele há de advir alguma coisa, e é por isso que eu hoje escolho ir à gala. E amanhã escolherei também. Sobre quê não sei, mas escolherei…

1 comentário:

JP disse...

Ainda bem que fui ao jantar da Sóraia e ainda bem que fui à Gala. Escolhi e não me arrependi. Quem me dera que fosse sempre assim...