segunda-feira, fevereiro 27, 2006

Já não há heróis? - Super-Tia



Super-Tia - esta simpática heroína não é aceite por todos como um verdadeiro ser com super-poderes, mas há quem não imagine a sua vida sem a sua existência. O seu olhar gracioso eternece qualquer um que com ela privasse, e o seu encolher de ombros simultaneamente com um inspirado fechar de olhos era um sinal de que Deus andava por perto. Muito chá passou nos seus exemplos de cabazes a que um qualquer reles ser acrescentava colher de açúcar feito parvo para descobrir que eram bens complementares, quando a Tia sabia perfeitamente que ninguém de bem põe açúcar no chá. Mas enfim, ela estava a leccionar para parolos e não para a high society, tipo o sermão do padre António Viera aos peixes, por isso não fazia mal. Ela sabia que, no fundo, no fundo, o que era preciso era levar a maximização de utilidade àquelas pobres almas para a salvação das suas almas. Nós depois que minimizassemos o custo de sermos tamanhamente burros, o que nem todos conseguiram fazer, estando agora muito contentes por ver aquilo tudo de novo. Mesmo sabendo que o futuro de nós era a perdição na parte teórica, era com uma energia inabalável que a Tia dava as suas aulas. Não foram poucas as vezes em que, depois de um "Olhem para aqui...", ficava a olhar pensativamente para o slide em questão e depois exclamava "Mas isto está tudo errado!". Sendo a Tia quem fazia os slides, a resposta era um invariável encolher de ombros e fechar de olhos, perdoando-la nós naquele mesmo instante, tal era o impacto daquele gesto nas nosssa mentes. Um dos seus maiores deslizes no disfarce era a sua frequência para apontar para o monitor, dizendo "Vejam aqui...", esperando que o seu toque no monitor fosse projectado pelo data-show, como outrora conseguia fazer. Este gesto, quano se apercebia, acabava invariavelmente num "Ai que disparate!" e o mundo voltava a estar em paz. Tinha um fraquinho pela Concorrência Monopolística, pois nela pôde comparar a Zara com as suas roupas de alta costura, seguido de um encantador encolher de ombros. Porém, tal como o Homem Aranha ficava em apuros quando se lhe faltava a gosma para as teias e lá tinha de ir a pé para casa (ou de 58, no caso de ser o Jacinto), a Tia tem um calcanhares de Aquiles: o seu ombro direito. De tanto ter praticado o bem com uma pochette Louis Vitton no ombro que lhe ganhou uma tendinite. Revelou-nos este pequeno segredo quando, a meio de uma conversa reservada, quase se atirou ao chão aos berros de dores, numa visão petrificadora para qualquer um. Mas, tão rápido como começou também acabou, estando alguns de nós ainda a fazer psicanálise para tentar perceber se não terá apenas sido um sonho. Temos pensado no caso e imaginado como terá sido no Conselho de Ministros com os seu querido Pedrocas: "Pois bem, isto na Educação está uma... AAAAAAIIIII!". Pobre Tia! Entretanto, a Tia vai alegremente bebericando chá como se não fosse nada com ela...

2 comentários:

JP disse...

Quantas vezes por dia posso votar na Super-Tia???

Jtcs disse...

Uma votação por dia para cada pessoa.