segunda-feira, fevereiro 27, 2006

Já não há heróis? - Jesus



Jesus – Não sei até que ponto é que o Messias pode ser considerado um super-herói, mas quem multiplica peixe e pão como quem calça umas peúgas, além de curar uns coitadinhos, certamente não prima pela normalidade. Acontece que Jesus, depois de andar a dizer a toda a gente que afinal a sua morte tinha sido adiada para outras núpcias, não foi nada juntar-se ao Pai como dizem as sagradas escrituras. Essa é de longe a história mais bem guardada pelo Vaticano mas que eu vou desvendar em primeira mão e ganhar mais guita que o tipo do “Código DaVinci”, o suficiente para deixar de estudar e dedicar-me exclusivamente a escrever post’s estúpidos até à eternidade. Jesus Cristo é assistente da NOVA!!! Há séculos que o FBI, a CIA, o KGB, o SIS, a PJ, o SLB, o IRS e o STOP, entre outros, se juntaram para decidir como esconder Jesus, alvo do seu mediatismo. Como a protecção dos outros super-heróis estava a correr bem, mandaram-no para a NOVA, onde lá acharam que teria jeito para ensinar os alunos a socorrer a Inês que é muito gulosa por gelados e brigadeiros, ou o Nelo que só vive de lixo e de cd’s, tudo estudos de casos recorrentes na sociedade e interessantíssimos do ponto de vista microeconómico. Mas talvez Jesus tenha sido o super-herói mais difícil de disfarçar. Primeiro teimou em não cortar a barba. Depois ensina magia nas aulas, como fazer de um simples 2 um bonito cisne. Isto sempre com um ar cool, de quem não tem muito a perder, o que conhecendo a história dele até é compreensível. A todos os que o aconselharam a mudar para não dar tanto nas vistas ele ameaçava dizendo que se ia queixar ao pai dele, o que normalmente não costuma surtir efeito em ninguém, mas sendo o pai de Jesus quem é, todos pensaram duas vezes e perceberam que o custo de oportunidade era alto demais para insistirem com ele. A ligação entre Jesus e a Super-Tia nunca foi bem esclarecida, mas parece-me que volta e meia ele trazia-lhe uns saquinhos de chá dourado da sua terra natal, Belém, comprados numa lojeca ali ao lado do Mosteiro dos Jerónimos como quem vai para o estádio do Belenenses, e ela como paga lá lhe ensinava a repartir o pão sem se encher de farinha e a beber vinho sem ficar com pingos na barba, porque ao que parece não é nada bem e depois a Maria Madalena tinha um trabalhão a esfregar aquilo à mão, já que as nódoas de vinho tinto são uma chatice para tirar. A Tia, a troco de umas aulas extra de como chumbar 487 alunos só com 300 inscritos, proibiu-o de nos ensinar a macumba que transforma o caderno de exercícios em necessaires da Cartier, e por isso ficámos todos mais um semestre a ver se aprendíamos a resolver o problema de obesidade mórbida da Inês ou do mau-cheiro do Nelo, visto que a microeconomia em nada pode ajudar o Jacinto.

2 comentários:

Tigas disse...

É de noite e eu estou quase a adormecer, mas de súbito, vejo uma luz! Ouço uma banda sonora megalítica "Ohoooohhhhohohohho" e ele aparece perente mim, em todo o seu esplendor. "Quando temos preferências convexas uma média dos dois cabazes coloca-nos numa curva de utilidade superior, pelo que, em princípio, nunca teremos uma solução de canto." De novo a banda sonora "Ohoooohhhhohohohho" e ele desaparece em direcção aos céus.
É aí que percebo que a Microeconomia é o caminho. Agora sabem porque é que estou a fazer melhoria...

JP disse...

Mas olha que o Nelinho não se está a safar nada mal este semestre!!! O Jesus que não se ponha a pau e vai pregar para Jerusalém não tarda nada!