segunda-feira, outubro 16, 2006

Sabes amar?

“Eu estou a aprender. Estou a aprender a aceitar as pessoas mesmo quando elas me desiludem, quando fogem do ideal que eu tenho para elas, quando me ferem com palavras ásperas ou acções impensadas. É difícil aceitar as pessoas como elas são, não como eu quero que sejam, mas como elas são! Ainda estou a aprender a amar. Estou a aprender a escutar, escutar com olhos e ouvidos, escutar com a alma e com todos os sentidos, escutar a mensagem que se esconde por entre as palavras fúteis e superficiais. Estou a aprender a descobrir a angústia disfarçada, a insegurança escondida, a solidão encoberta. Estou a aprendera ultrapassar o sorriso fingido, a alegria simulada, a vanglória exagerada. Estou a aprender a descobrir a dor de cada coração. A aprender a perdoar, porque o amor perdoa, atira para longe as mágoas e apaga cicatrizes que a incompreensão e insensibilidade gravam no coração ferido. O amor não cultiva ofensas com lástima e auto-compaixão. O amor perdoa e esquece. Extingue todos os traços de dor. Passo a passo, estou a descobrir o valor que se encontra dentro de cada vida, de todas as vidas, valor soterrado pela rejeição, pela falta de compreensão, carinho e aceitação, pelas experiências duras vividas ao longo dos anos. Estou a aprender a ver nas pessoas e as possibilidades que Deus lhes deu. Estou a aprender, mas é difícil e demora esta aprendizagem. Aprendo a colocar os meus interesses, a minha ambição, o meu orgulho de lado quando estes impedem o bem-estar e felicidade de alguém. É difícil amar” – autor desconhecido in Livro do Visionário

Acho que para tudo é preciso um esforço. Dedicarmo-nos a conhecer o outro é algo que exige de nós uma predisposição para mudarmos em nós algo que o incomode. Mas queremos ver resultados, ou seja, queremos ver esse esforço também do outro lado. Porque se não, remamos contra a maré e quem se afunda somos nós. Porém, por muito que nos custe, temos de admitir que o outro lado pode não querer mudar, e aí somos nós que temos de repensar o nosso rumo. E é normal que, por vezes, as pessoas choquem, desabafem o que está há muito esquecido lá dentro, o digam de uma forma que nem sempre é a de pessoas que gostam uma da outra.
Não sou um santo, nem tenho pretensões de vir a sê-lo, mas tento compensar isso com pequenas alegrias que vou tentando dar. Já percebi que muitas delas não valeram de muito, mas fi-lo com as melhores das intenções, apenas para tentar que os vossos dias fossem um bocadinho melhores. As mais sinceras desculpas pelas vezes em que aconteceu o contrário.

2 comentários:

a_mais_fofa disse...

Eu quero aprender a amar na perfeição as imperfeições de quem me ama...

Anónimo disse...

Chamam o amor de desejo, posse, carinho, ciúme, alegria e de desespero. Mas não eu chamo de amor aquele sentimento para o qual não existe outro nome. Um sentimento tão admirável que quando um se dedica ao outro, esquece-se de si mesmo.