quarta-feira, setembro 27, 2006

Quanto vale uma pessoa?

Quanto vale uma pessoa? É uma questão estúpida, que provavelmente nem poderá ser respondida em termos quantitativos, mas não deixa de ser interessante...
Qualquer um de nós tem um conjunto de princípios, normas, condutas e comportamentos que nos caracterizam. Somos altos, baixos, magros, gordos, loiros, morenos, giros ou feios conforme os observadores ou perspectivas. Tudo isto é resultado de um conjunto de predisposições genéticas, características inatas inerentes à nossa linhagem, que foram moldadas pelas experiências que vivenciámos ao longo da vida. À partida, à nascença, todos temos o mesmo valor, não só nesse momento, como potencial. É plausível que todos consigamos atingir um determinado estado, dado que nos providenciam as necessárias condições para o fazermos, mas é igualmente plausível que uns estejam mais aptos a desempenhar determinadas tarefas. Podemos constatá-lo no desporto, onde os países de Leste têm normalmente representantes com maior sucesso na ginástica ao passo que a raça negra tem maior apetência para modalidades que exigam uma grande capacidade de explosão como corridas de velocidade, ou de resistência como as corridas de fundo.
Constatações à parte, esta valorização depende sempre do observador. É um exercício subjectivo, pois as diferentes importâncias que atribuímos a diferentes características faz-nos olhar as mesmas coisas de forma diferente. Contudo, como alguém que respeito muito me explicou um dia, o que está certo, está certo e há coisas inerentemente erradas. Sabemos isto se possuirmos mecanismos morais que nos façam discernir o bem do mal, mas o que é facto é que há coisas certas e outras erradas. Chegamos assim ao cerne da questão: ao tirar uma "foto" hoje a duas pessoas, com características semelhantes ou não, conforme achemos relevante esse facto ou não, que estejam notoriamente separadas pelo que conseguiram até hoje, pelo que representam, pelo que "são", não poderemos dizer que uma vale mais que outra, seja lá o que for que isso queira dizer?
Não me interpretem mal. Não tenho intenção de apurar raças, erradicar os fracos nem nada que se lhe pareça, mas não consigo deixar de pensar que um humanista vale mais que um pedófilo (dado que ambos não se intersectem é claro).

2 comentários:

hcg disse...

Se calhar foi graças ao pedófilo que temos o humanista... Ou então, o pedófilo poderia ter sido humanista se não tivesse sido violado diariamente pelos pais quando era puto. Como serias tu se tivesses sido violado pelos teus pais quando eras puto? Melhor? Como sabes isso? Então como podes condenar a pessoa? Condena antes o comportamento e não o puto que sofreu e agora faz sofrer pois é a única coisa que sabe. Há demasiados "ses" para poderes criticar a pessoa. Não, não há limites: ninguém é melhor do que ninguém e estou certo que nem toda a gente concordará comigo. As nossas opiniões serão diferentes mas não existirá uma melhor que a outra, mesmo que tenhas o apoio de 500000000 pessoas. Não se trata de um facto cientifico em que alguém pode mostrar, por a mais b, que está certo. Só se pode argumentar. Eis a minha argumentação.

Tigas disse...

E que venham mais argumentos. É isso mesmo que se quer.