domingo, outubro 30, 2005

Jingon Béll...

Caros colegas bloguistas:
Escrevo este post apenas para lembrar que o Natal já chegou, alguns dias mais cedo do que no ano passado é certo, mas também não faz mal porque por sua vez no ano passado o Natal já tinha começado alguns dias antes do ano anterior.
Mais ano menos anos e estaremos nós em pleno Verão, com toda a gente ainda em fato de banho a suar em bica lá no Algarve e em Lisboa já brilham as bonitas iluminações que sempre povoam, desde que sou gente, os candeeiros e as árvores de maior porte.
Porém, notei há dias que a minha casa é a recordista absoluta da comemoração da quadra natalícia antes do tempo, sem ainda termos arrumado alguma da decoração com que no Natal passado recebemos a família cá em casa. Basicamente, não passamos de futuristas!
A dúvida que me persegue é como é que o coelhinho da Páscoa vai aguentar esse tremendo trauma que é ter de partilhar com a Leoopoldina os seus ovinhos...

JP

P.S.- Como será ouvir durante o Carnaval anúncios de 3 em 3 minutos do novo Nenuco que desta vez se borra todo mais que nunca que é para as meninas aprenderem a pôr fraldas mais alegres que nunca?

quinta-feira, outubro 27, 2005

A arte do insulto

Considero-me uma pessoa com muita experiência nesta nobre arte do insulto. Todos os dias, desde há muito anos, fui insultado por outrém ou mesmo por mim próprio (à falta de alguém melhor para o fazer...). Tenho estado, portanto, atento à evolução do insulto. E é por isso que com muito pesar tenho que admitir que a qualidade dos insultos tem vindo a diminuir de uma forma bastante alarmante.
Antigamente, no meu tempo, qualquer pessoa era insultada com requintes elegantes de malvadez. Peguemos num exemplo: “A tua existência faz-me questionar o sentido da vida”; “Porquê?”; “Porque vives no mesmo mundo que o meu”; “Tens algum problema com isso?”; “Sim, a tua respiração incomoda-me”. Actualmente, se o insultado utilizasse as mesmas falas teríamos qualquer coisa do estilo: “Tu és mesmo um ganda boi!”; “Porquê?”; “Porque tens um belo par de cornos!”; “Tens algum problema com isso?”; “Errrrrrr, não gosto de te ouvir a fazer muu?”. Muitas vezes o último insulto não se chega a verificar. O insultado, completamente desarmado pela falta de imaginação limita-se a afastar-se ocultando lágrimas ou a impedir que esta conversa continue, mudando subitamente de assunto ou gritando histéricamente “lálálálá...”. Pois é. Chegámos ao ponto em que o insultado insulta o insultador.
Uma prova de que se está em crise reside no facto de existirem serviços que enviam insultos por SMS (para quem tem TV Cabo, o anúncio aparece na Sic Radical). E o que é pior é que os insultos destinam-se à mãe do insultado e não ao próprio (“a tua mãe é tão feia que quando vai ao banco desligam as câmaras de vigilância”). Quando algum insultador chega ao ponto de ter que se focar em algum membro da família do insultado, então é porque deveras chegou ao desespero. Certamente até a mulher mais boa do mundo inteiro terá algum traço característico na cara que possibilite um insulto de meia hora (para quem não sabe, a cara é aquilo que está acima das mamas). Então porquê insultar a mãe? Pessoalmente, o único insulto que faria envolvendo a mãe do insultado seria: “Tu és o pior erro da tua mãe e olha que ela foi prostituta durante 5 anos. Por falar nisso, já encontraste o teu pai?”. Mas aí surge outro problema.
Os insultados actuais já nem tem capacidade para compreender um insulto que envolva mais do que quatro palavras. Simplesmente ficam em silêncio, não por desprezo, mas sim porque são estúpidos que nem uma porta. É preciso, por isso, utilizar gestos para completar o insulto por forma a que todos o compreendam. Um exemplo seria: “Tapa-me esse cu!” enquanto o insultador aponta com o indicador da mão direita para a cara do insultado. 3 palavras, 1 gesto e mesmo assim suficiente.
Por sua vez, o insultado poderá aplicar uma resposta-tipo que anula a força do insulto. Foram muitos os génios que desenvolveram esse tipo de resposta mas hoje em dia só alguns ainda estão no activo. Temos, a título de exemplo, o “Ou não”, desenvolvido por um grão-mestre que lecciona actualmente no ISCTE. A um nível superior, o insultado nem tem que responder ao insulto: pode limitar-se a demonstrar o seu desprezo pelo insultador e ignorar a sua existência. A técnica do silêncio, quando bem aplicada, é, sem sombra de dúvidas, a mais devastadora nesta arte do insulto.
Por todas estas razões, é inovidável a necessidade de uma maior atenção a esta arte. Convém não esquecer que, à medida que me vou tornando num melhor insultador, o Apocalipse aproxima-se a passos largos do presente. Mas a chama da esperança ainda arde no Técnico! Guiai estas crianças que elas não sabem o que dizem! Salvai-nos desta miséria insultuosa! Insultai!!

1 da manhã

Laços reatados, ou talvez iniciados
Bom, a cerca de 5 minutos de finalizar a transcrição da bela gravação de entrevista que os restantes elementos do meu grupo de CO fizeram a uma tal colega da mãe do henrique (que é Psicóloga) quando, vindo do nada, me surge a ideia de escrever alguma coisa terrivelmente estupidificante e iniciar uma vigem sem regresso pelo Amazing World of places where people write something without getting any enthousiastic feedback (se tem erros, não quero saber). Faltando neste momento 10 minutos para a 1 da manhã, o meu estado de espírito, ao contrário do que sucedia há 1 semana não é muito positivo: estou fisicamente a arrastar os dedos pelo teclado, combatendo simultaneamente uma vontade não desejada de salivar pelas laterais bocais; os olhos estão semi-serrados dando uma ligeira sensação de que me falharão mal acabe de escrever a próxima frase. Ah e tal o comportamento dos líderes têm uma grande influência não sei quê (mero delírio momentâneo que me alerta para o facto de ainda ter de transcrever uma frase qualquer sobre um tal de Belmíro ou Mourinho e sucesso das pessoas complicadas ou uma cena assim com este palavreado). Mas o pior que tudo é o silêncio que cai no ecritório quando tudo se pôs a dormir (MERDA: esqueci-me de apagar a luz dos peixes! Já volto! ...Já voltei! Porcaria da Betta fêmea tava a perseguir o peixe mais pequeno cujo nome não sei...filha de uma vaca qualquer!!!!). retomando, e ainda tentando ganhar alduma credibilidade, digo que... Porra! um c***ã* qualquer passou e fez muito ruído com uma mota e...coiso...desconcentrei-me...o qué qu'eu tava a dizer?! Ah, pois e depois o dia foi uma merda e acabou com sono....tenho sono....e fônéx....ZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZ

terça-feira, outubro 25, 2005

Quando não se faz mais nada...

Estamos aqui, eu, o Tigas e o João, tentando ocupar um hiato de tempo que vai desde que acabamos de almoçar até às 15h30, hora magnífica que representa o começo da aula de Microeconomia I.
Confesso que estas horas estão cada vez mais difíceis de passar: o João mata peixes, o Tigas olha para fios dentais azúis bébés que andam por aí, e eu escrevo sem nenhum objectivo específico. Viemos para aqui para atazanar o juízo ao grupo da Inês, já que o Tigas marcou um cesto de 5 pontos ao conseguir que o prof de Direito obrigasse a Isabel a fazer um trabalho interessantíssimo sobre relações jurídicas. E quem vai ser o fantástico, o garboso, o esbelto, o magnífico, o intelegentíssimo que vai apresentar o trabalho com ela? Quem é, quem é? EUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUU!!!
Bem, está quase a tocar e o auditório ainda fica longe!
Fiquem bem...

JP


P.S.- Eu sei que não está nada de especial, mas sempre se vai renovando o nível editorial. E, não sei se repararam, mas ou desatam a escrever 200 posts por semana ou este blog qualquer dia chama-se "Lisboa e os Amigos e um Bárco!" (barco está propositadamente mal acentuado para reforçar a forma como eu acentuo (ou dizem que acentuo!) a penúltima sílaba da palavra "barco"!)

quinta-feira, outubro 20, 2005

A Merdamorfose

Meus caros, leiam estas minhas palavras como se das últimas se tratassem! E digo isto sem qualquer ponta de dramatismo: é que a continuar a assistir às aulas práticas de Introdução ao Direito e a minha esperança de vida não poderá ser muito maior do que conseguir apagar as vinte velinhas, já com a minha capacidade inteligencial perfeitamante arruinada!

Hora e meia a ouvir falar sobre o Direito é TORTURA!

A certa altura, as paredes da sala começam a encolher, a cabeça do assistente começa a inchar, a Soraia começa a fazer perguntas, a Isabel explode, o Tigas ri-se, a Cuca diz asneiras, o Pelão aparece nos slides, os menores de 16 anos também, enquanto a minha pessoa é comprimida por todas as forças da física e dores insuportáveis se apoderam do meu pobre corpinho e aí nem o meu barco nem viver em Alfragide me salva!

"SICORRO"- grito, pulando da cadeira e desatando a correr em direcção à porta. Aí, para mal dos meus pecados de mortal que não aguenta uma aulinha de Direito, as paredes encolhem mais depressa, a sala estica em direcção ao infinito, a porta cada vez mais longe, cada vez mais longe... a bocarra do prof abre-se em 360 graus (ele grita que uma norma permissiva nunca será um menor de 16 anos), os olhos dele saltam-lhe das órbitras, a Isabel explode ainda mais alto, o Pelão apodera-se dos meus membros como se de anaconda se tratasse. "TIGAS, TIGAS!"- grito. Mas o Tigas não me ouve: ri-se com a Cuca, ninguém parece reparar no que me acontece. As mesas mexem-se para me barrar o caminho. Finto uma, finto duas, a terceira já não finto: o Pelão imobilizou-me os pés! Pego numa sanção material de reparação por compensação pecuniária e tento libertar-me. Mas o Pelão engrossa cada vez mais, cada vez mais. Num último acesso de forças corto o Pelão que me prendia. O projector tenta projectar em mim a norma 123. Sei que isso seria o meu fim, o meu Game Over ainda antes de ligar a consola. Decido arrancar a ficha da tomada. Ao conseguir puxá-la tudo se precipita: o chão começa a abrir-se e as fendas abertas exalam um cheirete a sovaco da Gorda da cantina. Das paredes mil bocas aparecem para me avisar, gritar: "O ESTADO É O ÚNICO AGENTE QUE PODE SANCIONAR!". Os risos, agora maquiavélicos, ecoam em toda a sala. Atrás de mim, a tentarem pisar-me como se de uma barata eu me tratasse, estão os Cócós da turma que normalmente estão calados. A Soraia fala, fala. O Tigas ri-se, ri-se. A Isabel explode, explode. A Cuca pragueja, pragueja. Da boca do prof (que entretanto já tinha ganho a dimensão de uma nave espacial), saem palavras que ninguém percebe mas que me incomodam horrorosamente. O tecto desce para me esmagar, as mesas prendem-me as mangas da minha camisola Tommy. "PAREM ESTÚPIDAS! SE QUEREM UMA VÃO AO EL CORTE INGLÉS!"-penso. Já não tenho forças para gritar. Desisto, paro de lutar, tudo está contra mim. O prof precipita-se para mim, da sua bocarra sai uma língua bifurcada. Sei que cheirar o seu hálito ditará a minha morte. Atrás dele, a Soraia vigia o macabro ritual. O Tigas está em cima de uma mesa voadora, apenas vestindo uma tanga de leopardo e vai cantando "É Natal, é Natal!", sujando toda a gente com a neve carbónica que sai da lata que tem na mão. A Cuca diz, mexendo no cabelo "Ai João, que chatice! Do que é que vocês se estão a rir?". A cabeça da Isabel diz-me lá do alto: "Isto não passa de uma sanção jurídica Jota!". No último segundo...


Não sei se aguentarei mais outra aula destas...

domingo, outubro 16, 2005

E, a ser um galo, seria um galo Tommy, com penas azuis, brancas e vermelhas...

sexta-feira, outubro 14, 2005

Quimera II

A solução, encontrá-la-ia na Micaela Verónica...

O nome ecoou na minha memória provocando um misto de sensações. Só havia uma coisa a fazer, quebrar a promessa que havia feito há muito tempo atrás.
Por outro lado, as promessas são para ser cumpridas. Ora como eu sou leal e não quebro promessas, decidi que tinha de fazer qualquer coisa e, desse modo, tomei uma das minhas grandes resoluções!
Sem mais demoras, passei à acção! Enfiei-me no carro e percorri todos os penosos quilómetros de estrada que me levariam ao meu destino, sentindo em mim o desejo crescente de a encontrar.

Sem descanso, procurou, procurou, procurou! O seu desejo a crescer exponencialmente... Para acalmar esse desejo, decidiu ir à piscina oceânica tomar uns banhos para se refrescar e eis se não quando lhe aparece à frente a Tia Jacinta...

Bondosa, simpática, velhinha, grisalha, a típica avózinha, no entanto, era tia. Ela poderia ajudar-me na minha demanda, pois por entre aventais, tachos e panelas, ela tinha um tesouro precioso para qualquer um.

Passado um ano, estava eu bem instalado na minha poltrona a comer esparguete, quando de novo veio à minha lembrança o raio da velhota! Nem sei bem porquê, mas houve uma certa nostalgia e por isso, peguei no telefone. Vi os algarismos na minha cabeça e o meu dedo carregou neles automaticamente. Ouvi o sinal: "Tuuuuu... tuuuuu... tuuuuu...". Uma voz amiga respondeu do outro lado "Estou sim?"...

Todo o meu corpo tremeu enquanto pensava no que diria a seguir...

To be continued...

segunda-feira, outubro 10, 2005

Eu, uma galinha?
Se ainda fosse um galo...

domingo, outubro 09, 2005

A quinta...

Era uma vez uma Vaca...

Que mugia
que comia
que passeava no prado
que dava leite
que comia palha
que era branca
que tinha manchas pretas
que abanava as orelhas
que bebia
enfim...
era uma vaca normal...

Era uma vez um porco...

que grunhia
que comia
que tinha o rabo em caracol
que chafurdava na lama
que era cor-de-rosa
que tinha focinho de ficha eléctrica
enfim...
era um porco normal...

Era uma vez uma Galinha...

que punha ovos
que cacarejava
que passeava
que comia milho
enfim...
era uma galinha normal...

Era uma vez um Coelho...

que saltava
que era branco
que talvez até fosse cinzento
que talvez ainda fosse preto
que comia erva
que tinha os olhos vermelhos
que gostava de cenouras
enfim...
era um coelho normal...

Era uma vez uma Ovelha...

que dava lã
que pastava no prado
que balia
que dava leite
que comia erva
enfim...
era uma ovelha normal...

E era uma vez um fazendeiro...

que trabalhava
que suava
que chorava
que corria
que lutava
que os amava...

E que no final os comia...

E eram todos felizes...

sexta-feira, outubro 07, 2005

Ode ao meu AMIGO Tigas!

Quem diria ó Tigas
há muito tempo atrás
que por trás desse cabelo
que me irritava profundamente
havia algo de belo
que hoje em dia me aprás

É que Tigas eu não desminto
e tu disso sabes bem
causavas-me rebelião
arrepios de horror
e dores no coração
e vontade de te esganar também

O porquê só eu sei
e isso nunca to disse
nem estou com vontade de dizer
Mas Tigas quero que saibas
que apesar do que se passa
adoro a nossa brejerice!

Como sabes a vida tem rumos
e há cenas que tem de mudar
Outras para sempre ficarão
e temos de fazer um pacto
mas espero do fundo do coração
que a nossa amizade nunca tenha um acabar!

terça-feira, outubro 04, 2005

Os (nossos) Soldados

"Um dia, um soldado disse ao seu tenente:
- O meu amigo não voltou do campo de batalha senhor, solicito permissão para ir lá buscá-lo.
-Permissão negada - replicou o oficial - Não quero que arrisque a sua vida por um homem que provavelmente está morto.
O soldado, ignorando a proibição, saiu, e uma hora mais tarde regressou, mortalmente ferido, transportando o cadáver do amigo.
O oficial estava furioso:
- Já tinha dito que ele estava morto!!! Agora eu perdi dois homens!!! Diga-me, valeu a pena trazer um cadáver???
E o soldado, moribundo, respondeu:
- Claro que sim, senhor! Quando o encontrei ele ainda estava vivo e pôde dizer-me:
- Tinha a certeza que virias!"



P.S. - Quem percebe, percebe, quem não percebe, escreve coisas codificadas sem perceber o outro lado! E mais não digo...